Sei que é complicado,
Sei que é amargo ,
Mas tem-se que ser dito ,
Onde não se há amor não adianta insistir,
É andar em círculo,
Onde não há fogo não adianta prosseguir,
Somos dois cegos numa tempestade,
Criada por nós mesmos,
Cultivada por nossos corações,
Confundida por nossas emoções.
Onde não há verdade não adianta tentar,
É brincar de enganar,
É fingir , trapacear ,
É magoar , matar ,
Não é amar.
Somos engolidos pelo vão que há entre nós,
Mortos por palavras engasgadas,
Devorados pelo ciúme doentio,
Ferimos à nós mesmos ... no peito , na alma, no ego,
E o sangue dessas feridas
alimenta o monstro da frieza,
E tudo se põe à mesa.
Melhor seria escrever as últimas palavras desse livro ,
Desse romance terrorista não provaríamos mais,
O gosto ingrato de nossas bocas se tornaria mel,
Poderíamos ver além , ver o céu,
E constatar que a vida não é aqui , é em outro lugar,
Em outros braços.
(Matheus Augusto)
(Matheus Augusto)
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