sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Queria



Queria poder mudar pessoas,
Queria poder mudar pensamentos,
Queria poder mudar vidas,
Queria poder mudar  destinos,
Queria não querer tanto,
Queria que entendessem mais a mim ,
Queria que entendessem meus sonhos,
Queria que olhassem o mundo do meu ponto de vista,
Queria encontrar a batida perfeita ,
Queria encontrar o amor ,
Queria encontrar a paz,
Queria abraçar mais ,
Queria que me respeitassem mais,
Queria sorrir mais e disfarçar menos,
Queria ser livre ,
Queria tomar decisões sem ferir ninguém,
Queria que notassem em mim o que sou, e não o que aparento,
Queria tanta coisa da vida , ela é passageira ,
Queria ser  feliz sem medo do que pensariam as pessoas,
Queria mais amor , mais Deus , mais alegria,
Queria tirar a máscara e chorar sem medo ,
Queria esvaziar todos os meus anseios ,
Queria ser criança novamente,
Queria o mesmo que queria tanta gente que se foi.  
(Matheus Augusto)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O futuro é agora



Dizem que o futuro à Deus pertence,
A vida é passageira, e feita de escolhas,
Dizem que não se pode errar,
Dizem , dizem e dizem ...
Mas não vivem , existem , morrem e somem,
Formam sociedades , formalidades,
São de ferro , são de aço,
Não sentem , não abraçam ,
São melhores ? ... Se acham,
Não disfarçam , matam.
Mas e nós meros mortais ?
Que amamos , vivemos intensamente,
Formamos famílias , sofremos, sentimos,
Somos de carne e osso, somos reféns
Do que dizem?
Cada um escreve sua história ,
Faça o hoje , faça agora,
Negro , Branco , pobre ,
No Brasil é sem memória,
Só não se esqueça ,
O futuro será presente ,
E o presente quem faz é agente,
Não é nada mais que o passado Reincidente.

O tempo é rei

Sabe aquela manhã de sol ?
Sim , aquela bela manhã de sol ,
Que te faz sorrir , simplesmente pela simplicidade
De sua pura e ingênua beleza ?
Justo em uma aurora semelhante à essa ,
Estava eu à olhar pela janela do quarto,
À admirar a imponência natural do que é belo,
E a buscar dentro de mim respostas ,
Tentar encontrar a veracidade dos fatos,
Procurando saber como fui bagunçar minha caixa de emoções,
Umas voaram , umas acabaram , muitas más ficaram,
Lágrimas rolaram , sorrisos rasgaram a face , o ódio fez xingar,
Mas o que o tempo não faz?
Dizem que cura , dizem que faz esqueçer ,
Sinceramente acho que ele insiste em nos lembrar ,
De escolhas erradas, de decisões precipitadas,
Mas creio que o tempo também nos faz amadurecer ,
Como aquela manhã que mesmo depois ,
De tempestades e escuridão,
Se impôs como o sorriso de uma criança ,
Que te faz acalmar a alma ,
Se fez como a beleza de uma moça,
Que te faz sorrir,
Se deixou ser como o conselho de um ancião,
Que te faz refletir,
Enfim , o tempo te faz crescer,
Não esquecer , mas aprender ,
Te faz provar o sabor de vencer, de perder ,
Te faz ter orgulho de si mesmo,
Te faz esperto , te faz crítico,
Te faz simples , te faz belo por dentro
Te faz forte, o tempo...
O tempo é rei.
(Matheus Augusto)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Tarde fria de dezembro


Tentei mais uma vez , não consegui,
Não vejo mais aquele jardim ,
Me escondi no sótão da solidão,
De onde não deveria nunca sair,
Para não ser atingido pelos raios do sol,
O sol à quem jurei não mais chorar,
Mas apenas uma vez, apenas uma chance ,
Pra minha jura se quebrar ,
Mas pra quê? se chove lá fora?
E eu aqui de cima vejo a chuva cair,
Sinto o cheiro de terra subir ,
Meus olhos marejarem,
E a espessa neblina voltar,
Sempre soube que ela nunca iria acabar,
Tarde fria de dezembro .

Readaptando a vida à nova realidade,
Que poderia ser evitada por uma simples negativa,
Mas o que fazer? ir ou não ir? melhor mesmo seria ...
Enfim , acostumei a alma ao sofrer,
Dessa vez sei que irá se mutilar ego, sentimento e coração,
Mas sem chance para amar novamente  ,
Quero que se dane o romantismo,
Que morra engasgado com suas palavras torpes,
E eu prossigo, não tentarei mais,
Seguirei e não voltarei mais atrás.
(Matheus Augusto)
 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vida , ah vida !



Essa vida! Ah essa vida viu ! 
Êta vida de cão,
Me prega peça e lição,
Não me diga que ela é diferente do outro lado da cidade?
No coração daquela apaixonável senhorita?
Que faz de tudo e sempre me evita ,
Me faz de gato e sapato , sapato e gato ,
Tem nas mãos meu coração ,
Meu humilde coração , simples e singelo coração,
Mas será mesmo que a vida é cão pra ela?
Ou é a alvorada no seu jardim de corações,
Ou é a felicidade ,
Nas orquídeas sangrentas que enfeitam sua janela?
Que a fazem sorrir de mim, pobre rapaz ,
Que só queria uma barba , um livro e um amor,
E fazer disso seu labor .
Mas que vida , êta vida !

Me faz olhar pro horizonte de um mundo vertical,
Chorar com o simples e banal,
Fazer o nada se complicar ,
Como se afogar no próprio mar de mágoas,
Como comer e não se saciar,
A vida me faz crescer?
Depende do ponto de vista,
Mas que vista !
Daqui eu vejo todos e ninguém me vê ,
Ah vida , dou graças à ti por chorar e por sorrir,
E se cheguei até aqui , vou seguir
Mudar o caminho descartar o horizontal,
Utilizar o vertical , pra subir e olhar de cima .

domingo, 16 de dezembro de 2012

Queria não te querer

Ah como queria,
Queria à ti querida,
Mas tu querida,
Queria que eu a quizesse menos, 
Mas eu querida,
Queria que tu quizesse à mim o quanto que te queria ,
Queria que meu querer fosse teu.

Mas vi que meu querer a machucaría,
A prendería e a deixaría à sofrer ,
Vi que meu querer a sufocaría,
Entendi que meu querer pesaria à teus sonhos ,
Então quis um dia não querer,
Amar à você.

Quis que meu coração quisesse,
Que tudo que antes quisera ,
Fosse apenas quereres devaneios,
Mas só quis , não pude ,
Quisera eu não ser prisioneiro,
Prisioneiro dos quereres meus.

Queria não te amar quando voltas à mim,
Queria ser frio como tu,
Queria não querer,
Queria não ser devorado,
Por esse ... querer,
Queria não ser eu subordinado à ti,
Queria não sofrer ,
Queria não te querer.
(Matheus Augusto)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Só pensei fazer o bem.


Pensamentos esparramados pelo papel ,
Desenhos jogados sob a cama ,
No som toca -se um velho samba ,
A luz é fraca , o chão é uma avenida ,
No teto, estrelas ,
Na janela ,a tempestade ,
Na porta, o pesadelo ,
Em mim, o medo ,
Lá fora ,a esperança .

Minha mente é um presídio ,
Meus traumas são grades ,
Meus dilemas são paredes ,
Meus temores são algemas ,
E eu ?
Eu sou espectador ,
Do horror, do insabor.

Sou prisioneiro nessa vida,
Porque sou matador ,
Aquele que mata a dor .

Sufoquei minhas expectativas ,
Pensando no exterior ,
Tornando – me o réu , do homem interior,
Pelo pecado de querer mostrar além ,
À quem não queria enxergar,
Apenas voar ,
Por onde o vento levar,
Sem destino , sem nexo ,
Unindo o côncavo ao convexo.
( Matheus Augusto)